Tenho observado na minha prática clínica um grande vilão na vida de crianças e adolescentes, que é uso desenfreado de celulares e aparelhos eletrônicos. No atendimento, é importante acolher toda a estrutura familiar, justamente para psicoeducar a família acerca
dos danos causados no cérebro de seus filhos. A adolescência por si só já faz com que o sujeito entre em uma situação ambígua e conflituosa, contudo, a inserção de conteúdos trazem mais confusão doque, de fato, contribuem no seus processos de amadurecimento,
O lar é a base da sociedade humana, já dizia, Edward Gibbon, em 1788, em sua obra “Declínio e queda do Império Romano”. O autor citou cinco motivos pelos quais as grandes civilizações definhariam e morreriam. Vou destacar aqui apenas o primeiro: “O enfraquecimento da dignidade e da santidade do lar, a base da sociedade humana”.
O coração de nossos filhos é formado dentro de nossos lares. As primeiras emoções são geradas em casa, as primeiras resoluções de conflitos, as frustrações, medos e alegrias. Somos responsáveis por infundir o valor de dignidade na vida de nossos filhos.
Um lar precisa de ordem. Sem ordem, nada funciona. Os membros da família precisam ter seus papeis bem definidos, uma casa precisa ser regida por valores e fronteiras (que são os acordos, regras e limites). Só assim, então, saberão seu papel dentro da estrutura familiar
Nós, enquanto pais, somos como arco na vida de nossos filhos, e por isso, precisamos ter estratégias sólidas e firmes para alçarmos eles como flechas, guiando e direcionando, sendo suporte quando eles precisam, fornecendo um ambiente seguro onde eles possam falar de suas emoções, de seus sentimentos. É isso que a família precisa prover. Precisamos acolher os seus erros e não os criticar, precisamos dar esperança para eles acerca do futuro e de como fazer certo na próxima vez. A falta de esperança gera uma percepção de ausência de possibilidades frente aos problemas e desafios da vida. Ela empobrece a criatividade e impede de enxergarmos soluções saudáveis.
Sempre há tempo para mudarmos a rota. Critique o que não está bem dentro de sua estrutura familiar e busque ajuda para criar estratégias no enfrentamento do problema. Ele é o nosso vilão: devemos atacar o problema e cuidar de nossas crianças e adolescentes com amor.
Texto escrito pela Psicóloga Sandra Fick (CRP 07/39875). Saiba mais sobre essa profissional da Equipe NAP aqui.
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