A maternidade apesar de parecer, somente, um momento visto como
auspicioso, também é um momento que pode causar muito estresse,
ansiedade e sobrecarga aos envolvidos. Culturalmente, a mulher é criada para
a maternidade e cuidados diários da casa, e mesmo atualmente no século XXI
a situação permanece enrustidamente de forma preconceituosa. Omite-se a
dor e o cansaço frente a maternidade e todas as suas atribuições, dando a
falsa impressão de que a mulher consegue fazer tudo de forma segura e sem
cansaço aparente.
Com frequência mulheres argumentam a dificuldade ao enfrentarem as
oposições diárias com os afazeres maternos, com os sentimentos e suas
emoções ambivalentes frente ao cotidiano com os filhos. É a rotina exaustiva
que surge com o nascer e crescer de um filho.
Em geral, as mulheres, independentemente da idade, se rodeiam de
multitarefas, sendo eles desde o trabalho, estudos, limpeza e organização da
casa, vida pessoal e social, atividade física, animais domésticos, familiares,
relação conjugal e com tudo isso, junta-se a rotina de um novo membro
familiar, planejado ou não, da mesma forma o filho que nasce traz consigo
novas e muitas outras obrigações a vida de uma mulher.
Amar um filho não significa amar a maternidade e todas as complicações
e afazeres que vem junto, é querer estar com seu bebê e vivenciar suas fases
e ao mesmo tempo poder ter o suporte de outras pessoas. A rede de apoio, é
um desses suportes que pode vir a auxiliar, não em todas, mas na grande
maioria das atividades que envolvem uma criança. Entende-se que a
maternidade é um acontecimento de grande validação, com esta vem a falsa
impressão que é necessário amar junto com o filho todas as complicações da
maternidade, igualitariamente.
Ser mãe não significa tornar-se inatingível a tudo que vem junto com a
maternidade, muitas mulheres não possuem rede de apoio para auxiliá-las e
precisam negligenciar cuidados básicos com si própria para dar conta de tudo.
Lembre-se que você não está sozinha.
Por Daniessa Rodrigues – Psicóloga – CRP 07/35560
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