Traumas psicológicos, ocorridos principalmente na infância, podem se tornar uma fonte de desconforto emocional na vida adulta e influenciar negativamente o modo como o sujeito percebe determinadas situações e como ele reage a elas. Ser exposto precocemente a situações adversas aumenta a chance de ocorrer um trauma, porque a criança ainda está com o seu cérebro em desenvolvimento e consequentemente não têm recursos internos suficientes para dar conta emocionalmente do ocorrido. Quando o trauma acontece, a criança que o sofreu geralmente lhe atribui uma crença negativa, como por exemplo: sente que não é boa o suficiente, que é culpada, que não pode falhar, não pode confiar em ninguém, é inadequada, não é importante, e por aí vai… o inconsciente “acredita” na crença elaborada pela consciência e passa a executá-la sem questionar ou julgar se é verdadeira ou não. E para complicar ainda mais, emoções negativas tais como: medo, vergonha, agitação, tristeza, angustia, etc., se associam àquelas crenças provocando um “mal estar” que normalmente resultam em alterações respiratórias, taquicardia, pânico, choro etc. A pessoa que cresce com um ou mais traumas acaba por desenvolver estratégias para poder lidar com o que a incomoda. Algumas situações do
presente vão funcionar como gatilhos que ativam o conteúdo emocional traumático e por consequência acionam, automaticamente, respostas aprendidas, porém, mal adaptadas e inadequadas, porque lá na raiz do
problema, geralmente, a crença criada por ela está distorcida em relação a realidade. A forma desadaptada de responder a uma situação do presente, pode estar ligada a alguma experiência traumática na infância.
Ser governado por crenças negativas sobre si mesmo, sobre pessoas e o mundo, impede que a pessoa avance nos seus propósitos e resulta em limitações para uma vida mais plena. Nem todas as crianças que passam por situações adversas vão desenvolver traumas, porém, é importante que os pais fiquem atentos aos comportamentos dos seus filhos, para que possam identificar incoerências emocionais e procurar ajuda qualificada a fim de reprocessar tais conteúdos.
Por Eduardo Wunsch – Psicólogo – 07/17872
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